SÓ DEPENDE DE NÓS!

terça-feira, 8 de maio de 2012

DINHEIRO E AVAREZA

AVAREZA


Não se soube de onde vinha.


Seu nome – Tuca Tinteiro.


Vendia tintas na rua


E tinha muito dinheiro.


Dava conselhos aos pobres,


Buscando escolher a quem,


Mas do dinheiro no cofre,


Não amparava ninguém.

– Seu Tuca – disse Ana Clara,


Sou viúva de Joao Xisto.


Tuca, porém, replicava:


– Não tenho nada com isto.

– Seu Tuca, preciso tempo,


Rogava Dona Ziúra.


No entanto, ei-lo que lhe arranca


A máquina de costura.

– Seu Tuca, empreste-me cem...


Pagarei quando voltar.


– Diz Tuca: você falhando,


É mais cem para acertar.

Tuca se via tristonho,


Faltava-lhe um companheiro;


Entretanto, era seu lema:


Dinheiro, dinheiro e dinheiro.

Declarava-se usurário


E dizia: – Quem não é?


Sem dinheiro no meu bolso,


Não tomo nem um café.

– Pobreza não é meu fraco,


Detesto a vida na roça;


Quero dinheiro comigo,


Papel ou moeda grossa.

– O meu regime de vida


É necessário a qualquer,


Filosofia de todos


Seja homem ou mulher.

E assim vivia Tinteiro...


E a falar palavras feias


Cobrava um simples tostão,


Tomando terras alheias


Num domingo, entre os amigos,


Pitando e contando casos,


Quando viu certa mulher,


Falando-lhe em conta e prazos.


Ele ia responder


Mas tombou com dor tão forte,


Que a mulher veio abraçá-lo.


Era ela a própria Morte...


Livro: Revelação


Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Jair Presente


GEEM – Grupo Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editor


Para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.

Projeto Saber e Mudar
Aos poucos e sempre.

Estudar e conhecer.
Agir e transformar.

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